A numismática no desenvolvimento do Numismata
Texto: A NUMISMÁTICA COMO FERRAMENTA DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E MATERIAL DO NUMISMATA
- Assuntos Diversos, Numismática

A numismática como ferramenta do desenvolvimento intelectual e material do numismata

Neste texto discorreremos a numismática no desenvolvimento Material e Intelectual do Numismata, e abordaremos este assunto como opção de investimento de acordo com as novas concepções do mundo agora conceituado como BANI (terminologia que contextualiza o atual cenário do mundo e suas considerações). Neste cenário, abriremos como nascem as novas oportunidades temáticas que conectam a coleção de moedas, cédulas e medalhas antigas aos vetores econômicos e financeiros com monetização e gestão de resultados.

Esse é o ponto de partida para vivenciar uma numismática através da evolução das teorias da organização orientados para novos ambientes de decisões como uma opção de lazer, prazer e desenvolvimento intelectual com juízos críticos, éticos e estéticos equilibrados entre objetivação e subjetivação do pensamento e, consequentemente, empoderamento do numismata em processos decisórios mais assertivos nas áreas de GESTÃO, ESTRATÉGIA, FINANÇAS, RH, OPERAÇÕES e MARKETING.

Enfim, novas abordagens para a numismática: gestão da pluralidade temática e do prazer de se colecionar moedas e cédulas como catalizadores econômicos e que podem ser compreendidos como forma de investimento e monetização. Sem mais delongas, vamos ao texto;

 

UM LONGO CAMINHO HISTÓRICONumismata Lucas analisando uma cédula

A numismática tem uma longa história no Brasil, incluindo colecionadores com diversos perfis e interesses variados que são distribuídos em múltiplas e elásticas concepções.

As temáticas escolhidas pelos numismatas e colecionadores vão do mais popular senso comum ao mais tecnológico rigor científico dos pesquisadores da História e Antropologia e que provocam uma criação literária técnica e científica.

É neste cenário de diversos modelos de coleções de cédulas, moedas e medalhas que criamos uma nova abordagem, perspectiva e proposta para o colecionador e numismata.

Ao final desse texto convidamos que faça acesso nos links disponíveis em referencial teórico, pois que pretendemos instigar a seguinte reflexão:

NUMISMÁTICA: Ciência, Tecnologia ou Arte?

NUMISMATA: Cientista, Técnico ou Artesão?

Este é o primeiro de uma série composta por 4 artigos onde compartilho sobre a numismática no cenário atual. Quero que ao final você me conte sua opinião sobre a reflexão proposta, e claro, compartilhe sobre a história da sua coleção e como escolheu faze-la!

Sociedade Numismática Brasileira

Destacamos como exemplo a SOCIEDADE NUMISMÁTICA BRASILEIRA, criada em 1924, que desde então aquece o cenário numismático no país. Em 1933 publicou a Revista Numismática edição primeira, como importante veículo de comunicação em nível nacional.

Para comemorar os 90 anos de fundação da Sociedade Numismática Brasileira, foi feita a reimpressão deste primeiro exemplar para resgatar conhecimentos relevantes, afinal foi o órgão oficial de divulgação durante os anos de 1933 a 1954 de pesquisas e assuntos numismáticos.

Para conferir este exemplar de relançamento, clique no link a seguir:

https://www.caravelascolecoes.com.br/revista-numismatica-ano-i-n-1-1933.html

OBS.: Produto com tiragem e estoque limitados, podendo ocorrer não estar mais disponível.

Com isso se observa como a numismática é presente no país desde muito tempo, e cuida das pesquisas, temáticas e motivações que aspiramos quando colecionamos.

 Mundo Bani e a numismática

UM NOVO ALVORECER DE MUNDO

Com o passar do tempo a dinâmica do mundo vem sendo caracterizada por intensas e acentuadas mudanças, como explica o conceito BANI, acrônimo criado para conceituar a realidade atual que vivemos.

É importante avaliar esse novo conceito de mundo para que esteja preparado às demandas agora compreendidas nesta nova realidade e que há pouco tempo não era reconhecida.

 

MAS AFINAL, QUE MUNDO É ESSE?

Conforme as iniciais do inglês BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear e Incomprehensible), respectivamente em Português significa: Frágil, Ansiedade, Não-linearidade, Incompreensível. De acordo com o antropólogo Jamais Cascio, este conceito reflete a realidade das sociedades após o início da pandemia.

Para ele, o mundo ficou frágil. A economia pode mudar e o mercado pode se desenvolver inesperadamente e é preciso estar sempre um passo à frente deste cenário. Com isso vivemos uma sociedade ansiosa em meio as incertezas e continuamente com a sensação de urgência que nos expõe ao risco do fracasso.

Neste cenário, nada mais é linear e, como tudo muda constantemente, precisamos ajustar a vida e a carreira para monetizar nossos dons e talentos uma vez que o mundo está incompreensível, onde formular perguntas e buscar suas respostas pode ser o diferencial entre perder ou vencer no BANI.

 

UM LEGADO PARA O FUTURO

Digamos que você resolva guardar cédulas ou moedas antigas e atuais, dê preferência por peças de boa qualidade em seu estado de conservação. É neste cenário que muitas pessoas descobriram verdadeiros tesouros escondidos ou esquecidos em suas casas, armários ou lugares inusitados.

Imagine então encontrar séries históricas como por exemplo as primeiras moedas de cunhagem genuinamente brasileira. Essas moedas originaram-se de uma demanda diferente à que temos para as moedas circulantes hoje.

A necessidade de moedas naquela época dava-se pelo processo de colonização que o Brasil passava. Criou-se então, na cidade de Salvador, a primeira sede da Casa da Moeda do Brasil, permitindo, assim, que fossem progressivamente substituídas as diversas moedas estrangeiras que aqui circulavam.

Além disso, em 1695, foram cunhadas as primeiras moedas oficiais do Brasil, de 1.000, 2.000 e 4.000 réis, em ouro, e de 20, 40, 80, 160, 320 e 640 réis, em prata, que ficaram conhecidas como a “série das patacas”.  Não é necessário dizer que “são verdadeiros tesouros”.

 

EXERCÍCIO PARA O NUMISMATA

Neste contexto, proponho o exercício de imaginar todo o caminho percorrido desde essa época colonial até nossa atual moeda do Plano Real. Essa capacidade de imaginação e observação do numismata deve ser leve e abrangente para transformar coleção em um hobby prazeroso e ao mesmo tempo sistemático para estabelecer critérios de lógica e criatividade, criando recortes temáticos de lugares, história, antropologia, sociologia e muitos outros.

Como resultado, essa linha para a numismática é coerente entre o espaço e tempo do recorte temático escolhido e acompanha a dinâmica das notas, cédulas ou medalhas. Dessa forma não reduz a classificação de suas peças somente por raras ou comuns.

A competência de avaliar e classificar uma peça como um numismata é adquirida com o tempo, através de muito estudo, pesquisa e observação em bibliotecas e sites especializados, textos e artigos e não apenas em sites de leilões ou de notícias.

 

O PODER DA COMUNICAÇÃO INFORMAL PARA A NUMISMÁTICA

Nesse ínterim, todo colecionador dedicado torna-se um especialista em sua temática e sabe que o poder da comunicação informal não deve ser menosprezado quando se fala em numismática. Tomemos como exemplo alguém que montou sua coleção somente com ajuda de parentes e amigos. Ele certamente é um especialista em seu tema e saberá melhor que ninguém explicar seu processo para chegar ao acervo que possui atualmente.

Além desse, temos vários outros exemplos e histórias de pessoas que descobriram peças de alto valor numismático em porões, sótãos, armários antigos ou também como herança, e que montaram suas coleções e acervos desde então e cada vez mais utilizando da numismática para o desenvolvimento intelectual e material do numismata.

 

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

Pois bem, se a numismática pode ser compreendida como ciência, tecnologia ou arte, é importante ressaltar que é uma ciência concentrada no estudo de moedas, notas e medalhas.

Da mesma forma, permite estudar economia, história, personagens, geografia e tantas outras acepções para depois coletar, catalogar e guardar como coleção seguindo uma temática e isso exige mais do que apenas um ajuntamento aleatório de peças antigas.

 

NOVOS HORIZONTES PARA O NUMISMATA E SEU DESENVOLVIMENTO

Com a globalização, viagens internacionais são mais tangíveis e com isso considera-se as novas oportunidades para entrar no segmento de moeda e cédula estrangeira pois os colecionadores agora podem obter suas peças de maneira mais acessível. A questão é: o que considera-se valioso neste mercado e o que pode não valer nem o material da peça?

Seja como for, um bom cientista, técnico ou artista da área numismática sabe responder a essa pergunta. E aqui é onde entramos com essa série de artigos, sendo este o de número 1. Queremos te ajudar em estar preparado(a) para todo cenário do colecionismo de moedas, cédulas e medalhas antigas e utilizar a numismática como ferramenta do desenvolvimento intelectual e material do numismata.

 

NUMISMATA ESPECIALISTA EM POTES DE OURO

Alguns colecionadores são especialistas em procurar notas ou moedas raras, como exemplo a cédula de um dólar com denominação dupla, com um valor na frente e outro valor diferente no verso. Em outras palavras, este é um erro de impressão grave e que não deve em hipótese alguma sair da Casa da Moeda ou Empresa Fabricante e ser colocada no meio circulante.

De acordo com Fred Weinberg, especialista em numismática e moedas com erro nos Estado Unidos, o valor dessas cédulas varia de US $ 20.000 a US $ 35.000, dependendo do número de série ou do estado de conservação.

Essa cédula pertence à um colecionador que veio aperfeiçoando-se em seus conhecimentos numismáticos ao longo dos anos. Nesse sentido seu preparo o permitiu encontrar e identificar algumas das melhores peças do acervo de cédulas americanas e do mundo!

Confira a matéria completa no link:

https://www.bbc.com/portuguese/revista/vert_cap/2016/04/160418_vert_cedula_colecionadores_fd

 

CONCLUSÃO

Em síntese, nosso texto é um convite para pensar a numismática como opção de entretenimento, prazer e, por consequência quando bem exercida com princípios e metodologias, oferece uma perspectiva de investimento e retorno patrimonial garantido, tornando a experiência com a numismática como uma ferramenta do desenvolvimento intelectual e material do numismata.A numismática como ferramenta do desenvolvimento intelectual e material do numismata

É compreensível imaginar que apesar de dizer que jamais venderá sua coleção, você admita com o passar do tempo que acervo ganhou ou pode ganhar potencial de valorização maior do que qualquer outra coisa que possua. Segundo especialistas, nos últimos 25 anos o retorno médio do investimento em notas raras foi de mil por cento por ano.

Em conclusão, nobre leitor, se sua coleção possui uma delimitação temática bem definida, acervo organizado em conexão com o tema, catalogação e conservação em dia, você tem em mãos um equivalente significativo se comparado com a evolução dos bens patrimoniais, como retorno diferencialmente garantido. Pense nisso!

Fique à vontade para contactar nossa equipe de atendimento para tirar suas dúvidas sobre organização, classificação e catalogação de sua coleção de moedas, cédulas ou medalhas para valoriza-las. Será um prazer lhe atender.

 

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REFERÊNCIAS

Coimbra, Álvaro da Veiga. “Noções sobre numismática: o que é numismática?”. Collectgram Blog: Artigos sobre numismática, Filatelia e Notafilia. Consultado em 04 de setembro de 2021.

https://menvie.com.br/mundo-bani/ Consultado em 05 de setembro de 2021.

Maldondo, Rodrigo (2015). Moedas Brasileiras Catálogo Oficial. [S.l.: ISBN 978-88-906933-3-5

“O que é Numismática?”. Disponível em https://collectgram.com/blog/o-que-e-numismatica/ Consultado em 05 de setembro de 2021.

Vikram, Barhat. “O curioso – e lucrativo – mundo dos colecionadores de dinheiro”. BBC Brasil. Consultado em 05 de setembro de 2021.

Caravelas Coleções: “Por que colecionar moedas?”. https://blog.caravelascolecoes.com.br/por-que-colecionar-moedas/

 

PALAVRAS-CHAVE PARA INDEXAÇÃO E ARTE GRÁFICA

Numismática, Mundo BANI, Numismata, Gestão, marketing, desenvolvimento pessoal, coleção de moedas, coleção de cédulas, coleção de notas.

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