Comemorando 25 anos em 1º de julho de 2019, o Plano Real foi a sétima tentativa, desde 1986, de conter a inflação que prevalecia no Brasil. Embora ainda tenha desafios a superar, o país deixou para trás o histórico de instabilidade econômica que marcou o século XX.
Antes o Brasil passou por seis planos econômicos de estabilização que infelizmente fracassaram: Cruzado 1 (02/1986) e Cruzado 2 (11/1986), Bresser (1987), Verão (1988), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991).
Ele foi implementado em três fases. Uma delas foi a criação da URV, que era uma “quase moeda”: tudo continuava a ser pago em cruzeiros reais, que era a moeda vigente, mas os preços passaram a ter referência numa unidade de valor estável.
No lançamento havia seis variações de moedas (R$ 0,01; R$ 0,05; R$ 0,10; R$ 0,25; R$ 0,50 e R$ 1) e cinco de cédulas (R$ 1; R$ 5; R$ 10; R$ 50 e R$ 100). Somente em 2001 foi inserida a cédula de R$ 2, e em 2002 a cédula de R$ 20.
O Plano Real conseguiu domar a inflação, mas os preços continuaram subindo ao longo dos últimos 25 anos.
A inflação acumulada medida pelo IPCA, entre julho de 1994 e abril de 2019, foi de 507%. Isso significa que o que se comprava com R$ 1,00 na época em que o Plano Real foi lançado custaria hoje R$ 6,07, se o valor fosse atualizado pela inflação.
O frango e o pãozinho francês se tornaram símbolos do Plano Real. Em 1994, era possível comprar um quilo de frango ou dez pães franceses com uma nota de R$ 1,00.
Enfrentou três grandes crises mundiais: a Crise do México (1995), a Crise Asiática (1997-1998) e a Crise da Rússia (1998). Em todos os casos, o Brasil foi afetado diretamente, porque investidores estrangeiros tiravam grandes somas de dinheiro do país ao menor sinal de crise.
Toda essa celebração é pelo fato de o real ter se tornado um padrão monetário símbolo da estabilidade econômica do país, principalmente pelo controle da inflação, que chegou ao patamar de moeda sólida e confiável.
Deixou para trás a apreensão em que a sociedade brasileira convivia com as frequentes mudanças no padrão monetário, inaugurando uma era de previsibilidade.
Moeda 1 Real Comemorativa
Lançada em 28 de agosto de 2019, a moeda fez parte da programação da exposição “Estabilidade Real”, no Museu de Valores, no edifício-sede do Banco Central, em Brasília.
A peça apresenta no seu anverso, a cena do beija-flor alimentando seus filhotes no ninho, anteriormente utilizada como gravura das antigas cédulas de 1 real lançadas em 1994. O reverso é o padrão das moedas de 1 real que atualmente circulam no Brasil.
Foram cunhadas e serão colocadas em circulação através da rede bancária, um total de 25 milhões de moedas em todo o território nacional.
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Boa noite, ótimo artigo. Retrata bem o valor do real no período. Acrescentaria explicação UFIR e que no início o real valia mais que o dólar. Abraços
Nós que agradecemos amigo André, por nos acompanhar. Grande abraço